Desafios da participação das mulheres como cabeças de listas dos partidos nas eleições


 

Desafios da participação das mulheres como cabeças de listas dos partidos nas eleições 

A luta das sufragistas cujo tempo é a Revolução Francesa constitui o primeiro momento, notório e organizado de reivindicação feminina para a participação política das mulheres, sendo que, apenas dois séculos mais tarde (1944),viram esse direito consagrado. Isto elucida sobre as dificuldades de inclusão feminina, mesmo quando os regimes comportavam alguns dos princípios fundadores da democracia. A exclusão das mulheres tem a ver com uma concepção patriarcal que lhes retira o direito de exercício da cidadania.(Ósorio e Macuacua 2015).

As mulheres possuem  um número limitado de posições de liderança e decisão nos partidos políticos,poís muitas vezes essas mulheres são vistas como seres inferiores onde a sua única função é cuidar da casa,do marido e das crianças.

Segundo a UNDP Moçambique (2019)”Elas passam muito tempo a trabalhar nas suas machambas (fazer actividades agrícolas) e a vender nos mercados para poderem suportar as suas famílias e consequentemente deixa-as com muito pouco tempo para se envolverem na política eleitoral”.

Portanto elas tendem a predominar em posições e atividades de apoio aos partidos políticos no nível da base ou de apoio aos líderes masculinos do partido.

Diante desta situação nota se que a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres não são apenas direitos humanos, mas são também direitos imperativos para atingir o desenvolvimento inclusivo, igualitário e sustentável nos vários campos de desenvolvimento, onde a participação política das mulheres é um aspecto central para o alcance destas metas e os partidos políticos estão entre as instituições mais importantes para a promoção e incentivo a tal participação.

Algumas pesquisas demostram que os partidos que levam a participação política das mulheres a sério se fortalecem junto a suas bases e conquistam novos grupos de eleitores.

Porém há alguns desafios que as mesmas enfrentam como é o caso da falta de apoio familiar  da comunidade, o estigma, a descriminação por serem mulheres e por serem vistas como seres inferiores e incapazes de atingir os mesmos objetivos que o sexo oposto ,este facto leva a baixa participação feminina nos partidos políticos.

Um caso aproximado realizou-se a quando das eleições de 2019, quando de 30 cabeças de listas apenas 5 eram mulheres, e as questões levantadas eram: Desinteresse ou pouco espaço num meio dominado por homens?

Contatou-se que existem alguns elementos como : o machismo e a falta de união das mulheres; e a falta de iniciativa das mulheres em se candidatarem;

Contudo, salientar  que o modo como as mulheres participam da vida partidária e como tais partidos incentivam e motivam o envolvimento das mulheres e incorporam questões de igualdade de gênero são os fatores determinantes do empoderamento político das mulheres.


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